A alimentação saudável é uma questão que afeta a todos nós, mas muitas vezes estamos rodeados de informações contraditórias. O que ontem era considerado super saudável agora está sendo questionado por especialistas. Mitos nutricionais persistem e influenciam não só os nossos hábitos alimentares, mas também a nossa atitude em relação a determinados alimentos e bebidas.
Neste artigo, examinamos mais de perto alguns mitos comuns – e esclarecemos o que realmente está por trás deles.
Mito 1: “A gordura faz você engordar”
A ideia de que a gordura engorda é um dos equívocos mais antigos e persistentes. Muitas pessoas, portanto, recorrem a produtos com baixo teor de gordura na esperança de economizar calorias e perder peso. Mas a verdade é mais matizada.
A gordura é um macronutriente essencial importante para muitas funções do corpo. Acima de tudo, os ácidos graxos insaturados de fontes como nozes, abacate ou azeite são saudáveis e apoiam o sistema cardiovascular.
No entanto, as gorduras trans e as gorduras altamente processadas encontradas nos produtos acabados são problemáticas. Estudos mostram que uma dieta equilibrada com gorduras de alta qualidade não só tem um efeito saciante, mas pode até ajudar a perder peso, reduzindo os desejos.
Mito 2: “Carboidratos fazem mal à saúde”
As dietas com baixo teor de carboidratos fizeram com que os carboidratos fossem frequentemente vistos como inimigos. Mas serão os hidratos de carbono tão maus como a sua reputação? A resposta depende do tipo de carboidratos.
Grãos integrais, legumes e vegetais fornecem carboidratos complexos que fornecem energia lentamente ao corpo e mantêm os níveis de açúcar no sangue estáveis. Estes são essenciais para o desempenho físico e mental.
Os açúcares simples, por outro lado, como os encontrados em doces ou produtos de farinha branca, podem na verdade levar a flutuações de açúcar no sangue e ganho de peso.
O que importa é a qualidade e não a evitação dos carboidratos.
Mito 3: “Água engarrafada é sempre melhor que água da torneira”
Um tema particularmente popular na discussão sobre saúde é a água. Muitas pessoas presumem que a água engarrafada comprada é automaticamente mais saudável do que a água da torneira. Mas isso é realmente verdade?
A qualidade da água da torneira na Alemanha é excelente. É testada regularmente e muitas vezes atende a padrões ainda mais elevados do que algumas marcas de água engarrafada. Além disso, a água da torneira está disponível diretamente e é significativamente mais barata.
No entanto, há situações em que comprar água pode fazer sentido, por exemplo se for preferida água mineral com determinados nutrientes como magnésio ou cálcio. Aqui o que importa menos é o preço e mais as necessidades individuais. Se você quiser comprar água, preste atenção na composição mineral e considere se a água com ou sem gás se adapta melhor à sua dieta.
O aspecto ambiental também desempenha um papel: a água da torneira tem um equilíbrio ecológico significativamente melhor do que a água proveniente de garrafas de plástico. Se você não quiser ficar sem garrafas quando estiver em trânsito, pode usar garrafas de vidro ou garrafas reutilizáveis. Isso torna a hidratação uma decisão sustentável.
Mito 4: “Ovos aumentam os níveis de colesterol”
Os ovos há muito são considerados os principais culpados pelos níveis elevados de colesterol no sangue. A gema do ovo, em particular, caiu em descrédito porque contém uma quantidade comparativamente elevada de colesterol. Mas os estudos modernos refutam em grande parte esta suposição.
O próprio corpo regula em grande parte os níveis de colesterol, adaptando sua própria produção à ingestão de colesterol. Para a maioria das pessoas, o consumo de ovos não tem um impacto significativo nos níveis de colesterol no sangue.
A dieta geral é muito mais importante. As gorduras trans e a falta de fibras podem, na verdade, levar ao aumento dos níveis de colesterol – mas não aos ovos do café da manhã.
Mito 5: “Os superalimentos são indispensáveis”
Bagas de Goji, sementes de chia e quinoa – os chamados superalimentos estão na boca de todos. Mas será que realmente precisamos deles para sermos saudáveis? A resposta é: não.
Os superalimentos contêm muitos nutrientes, mas também podem ser encontrados em alternativas locais, como linhaça, mirtilos ou aveia. Estes não são apenas mais baratos, mas também mais sustentáveis, pois não requerem longas rotas de transporte. Uma alimentação variada com produtos regionais é igualmente saudável e também protege o ambiente.
Por que é importante permanecer crítico
Os mitos nutricionais surgem frequentemente de conhecimentos incompletos, mal-entendidos ou marketing inteligente. É por isso que é importante obter informações bem fundamentadas e não seguir cegamente todas as tendências. Uma alimentação saudável não se baseia em sacrifícios, mas sim na variedade, no equilíbrio e na consideração das necessidades individuais.
Comprar água, evitar gorduras ou comer superalimentos – em última análise, trata-se de tomar decisões informadas e não ser guiado por mitos. Cada pessoa é única e o que funciona para uma pode não funcionar para outra.
A regra mais importante é, portanto: ouça o seu corpo e desfrute conscientemente.